Condomínio Logístico

boom do setor logístico nos últimos anos – desde o início da pandemia – apresentou números expressivos de crescimento para o setor. Para se ter ideia, apenas nos dois primeiros anos da crise sanitária, o mercado logístico brasileiro teve o acréscimo de quase 5 milhões de m² de novos galpões.

Agora, com o fechamento do 3T de 2023, conforme os dados apurados pela Buildings, é possível identificar alguns destaques interessantes em outras regiões do Brasil.

Os dados do 3T/2023 apontam que o Brasil possui hoje 33,6 milhões de m² locáveis de galpões em condomínios logísticos, no total de 781 prontos para ocupação. A região Sudeste é, sem dúvida, a maior detentora: são 24,8 milhões de m² desse estoque. Isso equivale a 75,95% do total nacional.

Por região, o Nordeste aparece em segunda colocação: detém 3,1 milhões de m² do estoque nacional, no total de 91 condomínios prontos para ocupação.

Além disso, se destaca pelo novo estoque entregue no 3T: foram 116 mil m² ante 28 mil do trimestre anterior (2T/2023). Esse novo estoque na região se deve ao acréscimo de quatro novos empreendimentos: GRID FSA, LOG Fortaleza III, LOG Salvador e MsLog Maceió.

Nordeste em crescimento

Contudo, o destaque mais interessante do trimestre se refere à menor taxa de vacância histórica da região Nordeste, que chegou a apenas 4,90%. Vale observar que ela já vinha em queda desde o 3 trimestre de 2021. Isso representa uma movimentação forte de absorção das empresas do setor.

Conforme gráfico abaixo, outro dado que rouba a cena é a atividade construtiva aquecida: são 567 mil m². No trimestre anterior também apresentou bom desempenho, embora menor: 383 mil m².

A atividade construtiva é um indicador que consolida o forte potencial para entregar novas ofertas ao setor logístico no Nordeste, ao mesmo tempo que encontra empresas para usufruir dessa demanda.

Veja abaixo a atividade construtiva dos condomínios logísticos por estado:

Entre os estados nordestinos com a maior atividade construtiva no 3T/2023 aparecem: Ceará com 270 mil m², Bahia com 144 mil m² e Pernambuco com 80 mil m².

“Estamos sempre acostumados a olhar para o forte crescimento do Sudeste – que de fato é notável nos últimos anos – contudo, o Nordeste também tem tido um desempenho promissor, dadas as devidas proporções. A atividade construtiva aponta para a expansão do setor como reflexo do aquecimento ocorrido no Brasil. Além disso, as empresas estão crescendo muito na região, tanto é que a taxa de vacância é a menor da série histórica, apesar da entrega ser grande. Esse desempenho é algo importante”, avalia Jonas Libardi, Gerente de Pesquisa da Buildings.

Projeções de forte crescimento para a região Nordeste até 2033 é positiva

Conforme notícia da Folha de S.Paulo, o Nordeste deve ser a região do país com maior crescimento econômico no período de 2025 a 2033, segundo projeções da Tendências Consultoria.

Isso porque uma série de investimentos públicos e privados estão programados para a próxima década na região.

A recessão iniciada em 2014 interrompeu um período em que a região crescia acima da média nacional, embora em patamares inferiores aos verificados no Norte e Centro-Oeste.

Esses dois últimos devem continuar com bom desempenho ao longo dos próximos anos, também impulsionados por mais investimentos — e pelo agronegócio, no caso do Centro-Oeste.

Segundo Lucas Assis, economista e analista da Tendências Consultoria, o maior crescimento dessas três regiões em relação ao Sul e Sudeste não representa necessariamente uma redução significativa das desigualdades regionais do país, embora seja uma boa notícia.

Já o professor titular de Economia na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Ecio Costa, destaca a importância dos investimentos programados do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de R$ 700 bilhões em todo o Nordeste.

“O Nordeste tem uma necessidade de investimentos em infraestrutura muito grande, mas a gente tem que ver na realidade o quanto disso vai sair do papel e ser efetivamente concretizado. Os PACs anteriores tiveram um índice de conclusão muito baixo”, afirma.

Outros investimentos

Os investimentos programados para o Sudeste, por exemplo, superam os esperados para o Nordeste em valores monetários, mas são menores, proporcionalmente, ao tamanho da sua economia. Ou seja, em regiões mais desenvolvidas, esses aportes de investimento têm impactos menores.

“O Nordeste vai ser a região que vai liderar, em termos de variação interanual do PIB [Produto Interno Bruto], o crescimento da próxima década. Os investimentos vão impulsionar a região nos próximos anos, mas o Sudeste deve seguir como o principal motor da economia brasileira”, afirma Assis.

“Por mais que haja essa expectativa de crescimento [para o Nordeste], ela não deve se reverter, ao menos nos próximos dez anos, em uma melhora da heterogeneidade econômica do país. As vulnerabilidades econômicas e essa marcante desigualdade devem permanecer.”

No Nordeste, a consultoria destaca o investimento da Petrobras de cerca de US$ 8 bilhões na Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca (PE), para ampliar a capacidade de refino no país. No mesmo estado, o grupo automotivo Stellantis investirá aproximadamente US$ 1,5 bilhão para ampliação do parque de fornecedores em Goiana (PE).

Outro destaque é o investimento de aproximadamente US$ 830 milhões para implantação de uma refinaria no Complexo do Pecém (CE), da empresa Noxis Energy.

Lucas Assis, da Tendências Consultoria, aponta os principais riscos para a concretização dessas projeções. Ele também sinaliza o desempenho dos projetos ligados ao setor público. “A situação fiscal deteriorada deve seguir limitando desembolsos públicos”, afirma.

A consultoria espera um crescimento médio do país de 2,5% de 2025 a 2033. A expectativa está alinhada ao verificado de 1996 a 2005, mas abaixo da média 2006-2014 (3,5%). Este período antecedeu a última grande recessão.

Com informações da Folha de S.Paulo

Artigo original do Portal Buildings – Nordeste tem menor taxa de vacância histórica em condomínios logísticos – Revista Buildings

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